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Apresentados

O trabalho como custo variável e capital descartável

Um homem ou mulher saiem de manhã para o emprego. Antes, a labuta das tarefas domésticas a deixar cumpridas, o arranjar dos filhos, alguns a deslocação para a escola e a odisseia dos transportes públicos. Mesmo que o sol raie em todo o seu brilho, muitos levam às costas problemas por resolver ou contas para pagar. Um empurrão aqui, um ajeita para ali lá se acomodam nos autocarros. Melhor ou pior dormidos têm que estar a horas nos respectivos postos de trabalho. Este mundo que os envolve não se queda à porta do local de trabalho acompanha-os por largos períodos de tempo e agravam a sua disposição laboral. E será que o ambiente laboral é um meio de colmatar as preocupações que já têm ou ainda as vai agravar? Muitos têm chefias mal preparadas, trabalhos pouco desafiantes e perspectivas de estagnação longas. Quantos não se sentem descartáveis? Recibo verde e contractos mensais. O fim do mês tão ansiado vem com notas de impostos elevados e os montantes brutos quedam-se magrinhos. É o temp

A indiferença da UE ás escolhas democráticas

Le Monde diplomatique
DOSSIÊ . França: a paisagem antes da batalha eleitoral

Outra vez a armadilha do voto útil?

por Serge Halimi
A primeira volta das eleições presidenciais francesas, a 23 de Abril, vai opor onze candidatos com opiniões muito diferentes. Este pluralismo foi em parte eclipsado pelos casos judiciários e pelo espaço que a comunicação social dedicou à incessante dança das sondagens. Contudo, a percepção da natureza profundamente antidemocrática das instituições francesas e europeias vai fazendo o seu caminho. A tradução em termos eleitorais desta nova consciência pode, contudo, ser desviada pela armadilha de um «voto útil» que deveria escolher, como opositor à extrema-direita, um adorador da globalização.


.......A União Europeia tornou-se indiferente às escolhas democráticas dos seus povos, certa de que as orientações fundamentais dos Estados-membros estavam aferrolhadas por tratados. Desde o voto do «Brexit » e a vitória de Trump, a política está a vingar-se. A União treme agora ao observar cada escrutínio nacional como se neles se jogasse a sua vida. Mesmo a vitória de um dos candidatos franceses em que ela investiu não a vai tranquilizar por muito tempo.
sexta-feira 7 de Abril de 2017.

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