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Apresentados

O trabalho como custo variável e capital descartável

Um homem ou mulher saiem de manhã para o emprego. Antes, a labuta das tarefas domésticas a deixar cumpridas, o arranjar dos filhos, alguns a deslocação para a escola e a odisseia dos transportes públicos. Mesmo que o sol raie em todo o seu brilho, muitos levam às costas problemas por resolver ou contas para pagar. Um empurrão aqui, um ajeita para ali lá se acomodam nos autocarros. Melhor ou pior dormidos têm que estar a horas nos respectivos postos de trabalho. Este mundo que os envolve não se queda à porta do local de trabalho acompanha-os por largos períodos de tempo e agravam a sua disposição laboral. E será que o ambiente laboral é um meio de colmatar as preocupações que já têm ou ainda as vai agravar? Muitos têm chefias mal preparadas, trabalhos pouco desafiantes e perspectivas de estagnação longas. Quantos não se sentem descartáveis? Recibo verde e contractos mensais. O fim do mês tão ansiado vem com notas de impostos elevados e os montantes brutos quedam-se magrinhos. É o temp

Páscoa e Ressurreição

Tempo de festejar a Páscoa. Morte e ressurreição de Jesus que veio ao mundo para indicar o caminho da salvação ao homem através dos eu sacrifício e exemplo.
Cristo teve apóstolos e crentes que durante muito tempo foram perseguidos e maltratados. Também em seu nome se cometeram atrocidades interpretando os seus ensinamentos de diversos modos. A Inquisição é um testemunho, assim como muitas colonizações e evangelizações que os ditos mais civilizados tentaram incutir a povos de outras religiões, costumes e estádios de desenvolvimento, nomeadamento no mundo novo das Américas. 
Passados muitos séculos, parece que as sociedades não aprenderam muito e hipocritamente se clamam da sua fé mas não a praticam. Iludidos pelo novo Deus do dinheiro, desumanizam a convivência entre os homens e quantas vezes se sentem empolgados pelas guerras, sobretudo os que as vêm comodamente instalados frente a essa máquina transformadora de cabeças que se chama televisão. Alguns fora da religião do dólar, constituíram a seita do euro. O homem, a partir de criança, aprende matemática e ciência exactas mas desvaloriza as humanidades. Está mais destinado a ser uma máquina produtiva do que um cidadão completo. Pseudo-cientistas chamados economistas pronunciam dogmas e leis absolutas, baseados na construcção abstracta do homo economicus que age sempre "logicamente", movendo-se entre a maximização da utilidade como consumidor e o lucro como produtor. Sentimentos, solidariedade, dignidade, filosofia ou ética são parâmetros desprezados.
Tudo se torna abstracto e lógico, esquecendo as realidades de fome e ausência de condições mínimas de crianças no Sudão ou de povos afastados do seu lar pela filosofia da lei do mais forte. Tudo muito moderno, cheio de brinquedos para os favorecidos que se envolvem nos seus casulos de imagem.
Temos assim que fazer o luto de Cristo e ao mesmo tempo não desanimar esperando a sua Ressurreição e de tantos que como ele sofrem a perseguição de fariseus e saduceus.

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